Trazendo tudo isto para o contexto espiritual, entendemos que para o nazireu espiritual dos dias de hoje, o vinho ou qualquer outra bebida proveniente da uva, como está no versículo 3, significa os prazeres deste mundo.
Quem estiver disposto a consagrar-se neste nazireado profético, espiritual, dos nossos dias, deverá se separar dos prazeres, dos deleites, das delicias, dos encantos e do fascínio deste mundo. Se quisermos exercer um sacerdócio genuíno, não há outro caminho senão o da separação de todas estas coisas. Por meio da regeneração através do sacrifício de Jesus, todos nós nos tornamos aptos para o sacerdócio. Em apocalipse o Espírito revela que o Senhor ao morrer nos comprou com o Seu próprio sangue. Homens, mulheres, crianças e velhos de toda tribo, língua, povo e nação. E para o nosso Deus, Ele nos constituiu reino e sacerdotes. (veja Ap. 5:9-10)
Apesar de tudo isto que Jesus conquistou para nós, a maioria esmagadora dos cristãos deste século tem se contaminado com o vinho deste mundo. Esta contaminação nos desqualifica a exercermos o sacerdócio. Por isso temos visto muitas pessoas, embora cristãos, filhos do grande Deus e Rei de toda a terra, herdeiros e co-herdeiros de todas as coisas, vivendo em condições precárias tanto material como espiritualmente, pois conhecem a palavra e não a praticam. Querem as bênçãos, mas não querem obedecer! Lembre-se; ?Sem obediência, não há benção?. O Senhor já nos constituiu para Ele mesmo ?Reis e sacerdotes?, porém se não fizermos a nossa parte, que consiste em nos separar para uso exclusivo dEle, embora sendo constituídos, ou seja, embora o Senhor Jesus nos tenha delegado autoridade para exercer o sacerdócio, não estaremos aptos a exercê-lo! Temos que tomar uma posição no sentido de fazer aquilo que nos cabe fazer. A nossa parte neste negocio é nos santificar, nos separar por completo, e o que mais agrada ao Senhor, VOLUNTARIAMENTE, de toda a uva e de todo o vinho que este mundo nos oferece. Creio que não preciso fazer aqui uma lista das coisas que podem nos separar do Senhor, ou escrever um cartilha de como nos santificarmos a Deus, pois cada um de nós sabe muito bem quais os prazeres terrenos e quais as delicias deste mundo, estão nos mantendo longe do sacerdócio-real proposto e conquistado por Jesus.
O segundo item da consagração do nazireu físico é que seu cabelo não deverá ser cortado, e a forma de terminar o voto era rapando a cabeça.
O relato de Lucas no livro de atos não deixa muito claro, mas acredito que Paulo tenha feito um voto do tipo nazireado, pois no livro de atos diz que ele rapou a cabeça em Cencréia porque tinha feito um voto. (veja At 18:18). Segundo a lei do nazireado em números 6 esta é a maneira de terminar o voto. Rapando a cabeça e queimando o cabelo ao Senhor como forma de oferta.
O cabelo longo de um nazireu, fala do seu compromisso em servir ao Senhor e é sinal da sua aliança com Ele. É o mesmo que gritar no mundo espiritual: A minha vida é do Senhor, o meu destino esta na mão do Senhor, o meu futuro é dEle, eu pertenço a Ele, tudo o que tenho e sou é dedicado a Ele. I Co 11:14 afirma que o cabelo comprido é uma vergonha para o homem. Ou não vos ensina a própria natureza ser desonroso para o homem usar cabelo comprido? I Co 11:14(RA).
Não é uma glória, mas uma vergonha para o homem. Um nazireu é alguém que está disposto a suportar vergonha e humilhação, pelo Senhor. Neste contexto ter o cabelo comprido significa estar apartado da glória pessoal. O ?ego? foi levado à morte; assim já não há vontade própria, justiça própria nem glória pessoal!
…Continua semana que vem
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